Luis Gustavo - Alquimista
Depoimentos
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08.03.2016

SER (humano) mulher

Não tenho pretensão alguma de levantar fatos que remetem à trajetória histórica que levaram à escolha do dia 8 de março como o dia em que se comemora, internacionalmente, o dia da mulher, pois teria que voltar ao século 19, e isso os historiadores já fizeram (e muito bem feito). Porém, é fato que a data foi eleita a partir de um incêndio numa fábrica têxtil em Nova York, levando à morte 130 operárias, o que marcou, profundamente, a trajetória, mais do que justa, das lutas feministas ao longo do século passado até então.

Infelizmente, essa luta persiste, e não cessará tão cedo.

Meu coração sangra cada vez que vejo mulheres sendo noticiadas como vítimas de violências físicas e verbais, resultado de uma visão de mundo retrógrada e limitada em uma sociedade preconceituosa, machista e patriarcal. Entre tantos absurdos que vemos e ouvimos nessa sociedade “normótica”, onde atos como roubar, estuprar, agredir e matar são normais e não mais surpreendem ou, assustam, ou mesmo, indignam, me impactou, o assassinato de duas meninas argentinas. No auge de seus 20 anos, elas resolveram realizar seus sonhos, e decidiram viajar, fazendo um “mochilão” pela América do Sul. Lamentavelmente, foi uma viagem sem volta, pois tiveram suas vidas rompidas por homens “babões”, que veem a mulher simplesmente como um pedaço de carne. Embora o caso mereça toda atenção da sociedade e autoridades, não me estenderei nessa questão no momento.

Meu coração sangra, também, quando me dou conta de que, no meio de tantos absurdos e tantos preconceitos, existe uma distância enorme quando se trata de homens e mulheres, e no universo DELAS, entre mulheres negras e mulheres brancas. Oportunidades, reconhecimento e respeito não são os mesmos. E se a estrada das mulheres brancas é árdua, o caminho das mulheres negras é ainda maior.

Porém, muito me alegra ter tido a benção de viver e conviver com o universo feminino. Sou o sétimo filho de uma família com cinco irmãs, o que me facilitou a compreensão e a admiração desse mundo. Sim, SER mulher é um mundo à parte. É um mundo complexo. É um mundo de criação e realização sem limites. É um mundo de muitos (às vezes excessivos) pensamentos e sentimentos.

E passei a entender e a aprofundar melhor a compreensão e a admiração desse mundo no momento em que assumi a profissão como Terapeuta Alquimista. Hoje (e sempre) 90% das minhas clientes são ELAS. E a maior parte DELAS são mulheres ALFAS. O que é isso? De maneira bastante superficial, esse termo é usado para mulheres que se destacam na sociedade ao desenvolverem papéis de liderança.

Nunca será demais (re)lembrar que são as mulheres os SERES responsáveis por estarmos nesse planeta. É preciso admitir que, sem ELAS, não estaríamos materializados aqui para evoluirmos e honrarmos nossa missão no mundo, seja ela qual for. ELAS são os instrumentos divinos com o DOM da criação. Por mais que a ciência evolua, não existe nada nessa dimensão que consiga desenvolver dentro de si um outro SER Humano. Foi à ELAS que esse DOM divino foi confiado.

Portanto, chegou a hora de honrarmos esses SERES, responsáveis pelas nossas vidas. O planeta está em crise e precisamos, cada vez mais, da energia feminina, da energia do cuidado. Chegou a hora de olharmos com cuidado para esses SERES que nos cuidam. Chegou a hora de abolirmos os preconceitos e vibrarmos com e por ELAS nessa luta árdua pelos seus direitos que deveriam ser naturais.

E que esta hora que chegou não se restrinja a um só dia por ano. Saibamos valorizar a existência de todas Elas diariamente, pois sem elas, nós sequer existiríamos, e isto, por si só, é mais do que motivo para honrá-las todos os dias.

Parabéns mulheres pelo seus dias!

 

Esse post foi publicado no Blog Chegou a Hora no dia 08/03/2016.

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